RETARGETING: Invasão de privacidade ou Marketing One to One?

No princípio era o «Mass Marketing».

Mas o sonho de qualquer Marketeer é a massificação de nichos. Ou melhor ainda, o verdadeiro «Marketing One-To-One».

Desejamos que os nossos visitantes e utilizadores entrem no nosso funil de Geração de Leads e que convertam. Seja em Awareness/Top of Mind, ou em vendas directas, queremos que o nosso público entenda, goste do nosso produto/serviço e nos evangelize.

Esse é o «Big Picture», a cereja no topo do bolo publicitário, a terra do leite e do mel.

A publicidade nos meios digitais é uma das formas para chegar ao nosso público, cada vez mais multi-marca, multi-plataforma e «on-the-go».

Mas com o excesso de informação e oferta, vem o «Paradox of Choice» para os utilizadores e a questão da «Authenticity» para os anunciantes.

Sabemos, também, que 98% dos nossos visitantes não convertem, em média.

ENTÃO, QUAL É A SOLUÇÃO? EXISTE UMA?

Obviamente que sim.

Com o retargeting ficámos mais próximos do nosso sonho, do pote de ouro digital no fim do arco-irís do mercado.

Com o retargeting puxámos a atenção dos 98% perdidos nas teias da cor, imagem e movimento dos banners.

E como? Fácil.

Basta dar ao visitante o que ELE QUER.

Parece óbvio?

Sim. Mas também é o ovo de Colombo digital.

A questão é aliar o que ELE QUER, com o QUANDO ELE QUER.

O retargeting mostra a garrafa de água Perrier ao utilizador quando ele está sequioso e com «awareness» da nossa marca.

O retargeting coloca a imagem de um Filet Mignon quando ele tem fome ou apresenta a foto de um casaco quando ele tem frio.

Somos Deus? Não. Longe disso. Mas podemos fomentar a necessidade e saciar a sua vontade de experiência. Curiosos?

O retargeting ajuda o visitante a tomar uma decisão. A agir. A iniciar e finalizar o processo de compra. Como?

No momento em que o nosso utilizador entra no site da nossa marca e visita um determinado local previamente escolhido por nós, o seu «browser» recebe um «cookie». Assim que o nosso utilizador sai do nosso ambiente, da nossa zona de conforto, a sua navegação continua.

Ao entrar em outros sites, de temáticas completamente diferentes, ele irá visualizar banners com os nossos serviços/produtos, relembrando-o que estamos de mãos-dadas com ele e que o queremos ajudar a tomar a decisão mais acertada, e que somos a melhor opção para o que ele deseja, quer e necessita.

O «top-of-mind» da nossa marca aumenta.

A probabilidade de o visitante fechar a venda ou entrar no Funil das Leads é muito maior. O cerco fecha-se.

Retargeting

As ferramentas que o marketing tem para o retargeting são inúmeras.  Mas os caminhos mais óbvios para o Call-To-Action são o Search Marketing com o Google Marketing/Adwords e a rede de Afiliados mundiais que já gere campanhas de retargeting.

Recentemente, o Facebook entrou nesta corrida ao Eldorado. Deu-lhe o nome de Facebook Exchange. Através de RTB – Real Time Bid – pretende gerir o seu Retargeting.

Podemos então concluir que o retargeting veio para ficar. Chegou para aproximar o utilizador do anunciante de um modo mais generoso e confortável, para ambos. Existem, no entanto, questões de privacidade e número de banners visionados por dia de visita. Terá que imperar o bom senso, para que a experiência do visitante e o seu desejo se mantenha.

E tu? Qual é o teu desejo?

Luis M. C. Sobral
Participante da Academia FLAG de Marketing Digital (2ª Edição Lisboa)
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